Poucas novelas infantis mexicanas tiveram seus bastidores tão polêmicos quanto Cúmplices de um Resgate. A trama de 2002 – que chegou a ganhar um remake pelo SBT em 2016, com Larissa Manoela – é até hoje lembrada não só pelos altos índices de audiência que obteve, mas também pelas constantes turbulências detrás das câmeras.
Um detalhe, porém, de que poucos têm memória diz respeito à ‘quase-participação’ da diva Victoria Ruffo em um dos papéis principais do folhetim. Em entrevista dada à época de lançamento da trama, a estrela de clássicos como Simplesmente Maria (1989) e A Madrasta (2005) revelou ter sido convidada para viver Rosa Cantu, a mãe das gêmeas protagonistas – papel que acabou ficando com Laura Flores e, no remake brasileiro, com Juliana Baroni.
Victoria explicou que, quando o projeto de Cúmplices ainda estava em fase embrionária, teve uma conversa informal com a produtora Rosy Ocampo, a qual adiantou que adoraria tê-la como a heroína adulta da história. Ruffo demonstrou interesse, e as duas ficaram de retomar as negociações conforme o projeto avançasse.
Tempos depois, porém, a atriz viu que as chamadas de Cúmplices de um Resgate já estavam no ar e que havia sido deixada de fora do projeto! Ela chegou a conversar sobre isso com Ocampo, que lhe deu uma explicação plausível para o desacerto.
À época do primeiro diálogo entre as duas, estava planejado que Daniela Luján vivesse as protagonistas do folhetim, Mariana e Silvana. Porém, Belinda acabou se saindo melhor no teste para os dois papéis, e a produção chegou à conclusão de que precisa de um atriz com tipo físico mais próximo ao da então estrela teen para interpretar sua mãe na história – e Ruffo, por motivos óbvios, foi automaticamente descartada.
O mais curioso de tudo é que, próximo à reta final da história, Belinda acabou deixando o elenco por conta de problemas com a própria Rosy Ocampo. E quem foi a escolhida para substituí-la como Mariana e Silvana nos 40 capítulos que restavam? A própria Daniela Luján! As voltas que a vida dá, não é mesmo?