A atriz Úrsula Corona, no ar como a vilã Valéria, da novela Ouro Verde, na Band, foi nominada ao júri da 47ª edição do Prêmio Emmy Internacional. Os mais bem avaliados conteúdos de língua não inglesa produzidos em 2019 para a televisão dos Estados Unidos e ao redor do mundo serão conhecidos no dia 25 de novembro em evento de gala em Nova Iorque. Nesta década, a carioca já teve dois trabalhos vencedores da categoria Melhor Telenovela desse que é considerado o Oscar do segmento: Ouro Verde, de 2017, produção portuguesa exibida em mais de 60 países incluindo Brasil, e O Astro, de 2012.
Disputarão as estatuetas 44 produções, sendo quatro concorrentes para 11 categorias. Elas abrangem ator e atriz; séries dramática, de comédia e curta duração; documentário; programas artísticos, de entretenimento sem roteiro e em horário nobre em língua não inglesa; e telefilme ou minissérie, além de telenovela. De acordo com o regulamento oficial do Emmy alguns dos critérios avaliados são intervalo de tempo de duração, técnica (encenação, cenas, stills, animação, etc), embasamento, roteiro, quantidade de episódios e potencial de continuidade, entre outras variáveis.
“São produções de elevado nível criativo com diversidade de temas e personagens explorados entre os competidores. Me chama a atenção a quantidade das séries e como esse formato está em evidência no mercado internacional. Pelo o que estou pesquisando e assistindo as obras no geral, será um trabalho árduo eleger os vencedores dentre tantas opções merecedoras. A cada momento fico em dúvida entre os meus títulos favoritos“, conta Úrsula Corona, que estreia como jurada da competição.
Em Ouro Verde, novela líder de audiência em Portugal, Corona encarna a fisioterapeuta brasileira Valéria de Scarpa. É uma vilã muito ambiciosa que quer arrumar um marido rico, ao mesmo tempo em que acredita que amor é só coisa de novela. É ótima profissional, mas não tem a intenção de trabalhar por muito tempo. No remake de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro para obra de Janet Clair, O Astro, Úrsula viveu a charmosa policial Elisabeth. A heroína foi responsável pela investigação que desvendou os segredos do assassinato do empresário Salomão Hayalla, levando à prisão dos envolvidos.
Para este semestre, Úrsula Corona filma duas séries de TV em que assina a direção pela produtora audiovisual na qual é sócia, a Sete Artes Produções. O Silêncio que Canta por Liberdade abordará a influência da ditadura na música nordestina e Alceu Valença de Todos os Tempos trará a biografia do cantor e compositor pernambucano. Ambos os trabalhos têm previsão de estreia para 2020 no canal por assinatura brasileiro Music Box Brazil. Nas próximas semanas, a atriz anuncia o seu terceiro trabalho na teledramaturgia portuguesa, consagrando-a uma das brasileiras de maior repercussão e prestígio nas novelas do país europeu. Sua estreia neste mercado foi com Sol de Inverno (2013).
Úrsula Corona, de 37 anos, entrou para a dramaturgia televisiva aos 8 anos de idade com a novelaHistória de Amor, em 1995. O portfólio incluiSítio do Pipa-Pau Amarelo eO Quinto dos Infernos (2001), O Beijo do Vampiro (2002), Floribella e O Diário de Floribella (2005/2006), Caminhos do Coração (2008), Viver a Vida (2010), Amor em 4 Atos (2011), Malhação (2013) e Totalmente Demais (2016). Ela é também produtora executiva e apresentadora, cujo seu mais recente trabalho foi a série O Mago do Pop, exibida este ano pelo Music Box Brazil sobre o legado do arranjador Lincoln Olivetti, que reuniu grandes nomes da música popular brasileira. Esse trabalho lhe rendeu críticas positivas da imprensa especializada da América Latina. É cantora, compositora e possui vasto histórico de trabalho com voluntariado, área em que é madrinha de diversos projetos sociais.