Quem assistiu ontem (quarta-feira, 29) à pré-estreia de A Usurpadora no SBT certamente notou o quanto a nova versão difere da novela de 1998, que o próprio canal exibiu por diversas vezes. Uma delas diz respeito aos enteados de Paola Bracho (Gabriela Spanic) – ou melhor, Paola Miranda (Sandra Echeverría), a vilã da história.
Crianças na trama original, eles agora foram transformados em adolescente – e com dramas bem mais densos que seus precursores mirins. Emílio (Germán Bracco), por exemplo, conserva do irritante Carlinhos Bracho (Sergio Miguel) apenas a atitude rebelde e a relação conflitiva com as familiares.
O rapaz se sente pressionado pelas expectativas de estar à altura da importância política do pai, o presidente Carlos Bernal (Andrés Palacios), e acaba se refugiando no álcool para lidar com esse fardo. Ao mesmo tempo, desenvolve também síndrome do pânico – suas crises rendem sequências homéricas para a trama.
Por sua vez Lizete (Macarena Oz), embora conserve o nome da personagem original, em nada recorda a garotinha alegre e ingênua interpretada por María Solares, cujo maior problema era o desejo, eternamente frustrado, de ganhar uma fantasia da Mulher Maravilha. Filha de Paola – e não enteada, como na versão original -, ela é constantemente humilhada e recriminada pela mãe pelo fato de estar acima do peso.
Aos que se interessaram em acompanhar para valer os dramas mais adultos de ‘Carlinhos’ e Lizete nessa adaptação de A Usurpadora, uma boa notícia: a estreia oficial da série foi confirmada ontem pelo SBT para a próxima quarta (4), na faixa noturna, logo após o último capítulo de Chiquititas.