Após ser acusada por Javier Milei, novo presidente eleito na Argentina, de “roubar dinheiro do Estado” e “mamar nos seios do governo”, Lali Espósito, uma das maiores artistas locais da atualidade, deu uma resposta bastante ácida ao político, afirmando que seu patrimônio foi construído com muito trabalho desde a infância.
A artista, hoje com 32 anos, também teceu críticas ao plano de governo dele por não priorizar a cultura no país.
Guerra sem trégua respinga na Cultura
A “guerra” entre a cantora e o presidente não vem de agora. Ainda nas eleições presidenciais, a popstar latina posicionou-se em algumas ocasiões, sempre se opondo ao comportamento de Milei.
Porém, o destempero entre os dois teve um episódio de ataques públicos a partir de um comentário agressivo do chefe do Estado, quando em entrevista ao La Nación, ele afirmou categoricamente que Lali cobrou 350 mil dólares por um show em um festival popular que, convertido em real, supera R$1,5 milhão.
Na mesma ocasião, Javier Milei a apelidou de “Lali Depósito”.
A título de contexto, em janeiro deste ano o presidente envolveu o nome de Lali em ataques contra o governador de La Rioja, Ricardo Quintela, seu opositor, num programa de rádio.
“O governador recebe o que tem que receber, não ficamos com o dinheiro de ninguém. Se você tiver problemas com a forma como os recursos são alocados. Se você gasta dinheiro contratando Lali Espósito e depois não paga a polícia, não é problema nosso“, disse ele no programa Aire de Noticias, da Rádio Mitre.
Lali Espósito, então, foi às redes sociais e, com uma foto em tom de deboche, mostrando o dedo do meio, respondeu: “Ao ódio, à mentira, às fake news”.
Milei, por sua vez, seguiu com os ataques: “Se você quer atacar, tem que estar limpo. Se você é um parasita que viveu mamando no seio do Estado, você está em apuros e ...”, afirmou o presidente.
“Se além disso as suas opiniões estão alinhadas com um espaço político que lhe pagou pelas suas apresentações, você é um mecanismo de propaganda, não é um artista”, prosseguiu.
Ainda durante a entrevista à rádio, o presidente acrescentou que vai “lutar contra a imoralidade” porque “roubar os pratos de comida das pessoas para fazer propaganda política é uma dupla fraude”.
Com a situação já insustentável, Lali Espósito publicou uma extensa carta aberta em que responde a todas as acusações do político “libertário”.