Em meio a onda de comoção devido ao fim das transmissões das séries Chapolin, Chaves, Chespirito e outras muitas criadas em vida por Roberto Gomez Bolaños, a viúva do ator e comediante, Florinda Meza, 71 anos, quem interpretou a Dona Florinda no seriado Chaves veio a público nas redes sociais na noite deste sábado (01) dar sua opinião sobre os acontecimentos recentes.
Na última sexta, o SBT anunciou que deixaria de transmitir Chaves e outras atrações derivadas criadas por Bolaños depois de mais de 36 anos no ar devido a uma ordem externa enviada pela emissora mexicana Televisa, distribuidora dos programas e quem trava um impasse contratual com o Grupo Chespirito – presidido pela família do humorista -, dono dos direitos autorais. Sem acordo, canais em mais de vinte países que haviam adquirido os direitos de transmissão via Televisa foram afetados e tiveram que deixar de exibir o tradicional programa.
“O que eu acho sobre o programa Chespirito deixar de ser transmitido? Embora eu não tenha nada a ver com isso porque inexplicavelmente não fui convocada para as negociações, acho que agora é quando o mundo mais precisa de diversão, fazer isso é uma agressão às pessoas”, pontuou Florinda que prosseguiu dizendo, “Além disso, isso vai contra os próprios interesses comerciais, porque neste momento queremos ver tudo o que nos lembra um mundo melhor. Chespirito já é um programa de massa. Faz parte do DNA dos latinos, nós o carregamos na memória genética. Querer eliminá-lo da tela é uma medida pouco inteligente. É triste ver como em sua própria casa, a quem ele deu milhões de dólares, é onde você é menos valorizado.”, desabafou. Eu nunca pensei que isso iria acontecer, mas pela primeira vez eu encontrei um motivo para dizer o quão bom meu Rober não esteja neste mundo! Esse ato incompreensível chuta sua memória e o que ele mais respeitava: o público.”
Meza termina atacando os executivos que estão por trás das negociações contratuais pelos direitos de exibição do catálogo de Roberto Bolaños e alegou estar feliz pelo intérprete de Chaves não precisar presenciar essa situação em vida. “Talvez alguns executivos sem visão queiram apagá-lo, mas no coração e na memória dos bons que sempre o seguiram, ele estará mais vivo do que nunca. Verdade que sim?”, finaliza endossando pedidos para que os programas retornem.
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