Quem assistiu à novela Sortilégio, produzida pela Televisa em 2009 e exibida duas vezes pelo SBT, certamente se recordará da figura de Felipa, a governanta da família Lombardo, aliada constante da patroa, Vitória (Daniela Romo), em meio aos conflitos constantes entre seus dois filhos, o vilão Bruno (David Zepeda) e o mocinho Alessandro (William Levy).
O que muitos não sabem é que a atriz María Victoria Cervantes, intérprete da personagem, é um dos nomes mais conhecidos e prestigiados das artes mexicanas, não só por seus trabalhos na telinha, mas também pelos incontáveis musicais em que atuou e por ter feito parte da chamada Época de Ouro do cinema mexicana, entre 1930 e 1960.
Tantos méritos fizeram a Televisa decidir produzir uma série inspirada na trajetória pessoal e profissional de María Victoria, a qual deve estrear em 2021 no canal Las Estrellas. Conhecida no Brasil por novelas como A Alma Não Tem Cor (1997) e Abraça-me Muito Forte (2001), a atriz Aracely Arámbula será a encarregada de protagonizar a obra vindoura, interpretando María Victoria em sua juventude.
Em entrevista recente ao programa Ventaneando (Ventilando), da TV Azteca, a biografada opinou sobre a escolha de sua intérprete na ficção. “Estou encantada. Não poderia ser outra atriz além dela”, derreteu-se a artista de 87 anos, que chegou a gravar há alguns anos uma canção em dueto com a própria Aracely.
María Victoria Cervantes está longe das novelas desde a própria Sortilégio. Outro trabalho seu exibido no Brasil foi a novela infantil Poucas, Poucas Pulgas (2003), onde ela deu vida à doce babá Inês, responsável por ajudar a menina Alexandra (Natasha Dupeyrón), protagonista da história, a lidar com os problemas conjugais de seus pais, Afonso (Gerardo Murguía) e Renê (Joana Benedek).